terça-feira, 21 de outubro de 2014

Mais um período de prestidigitação?

Eleições 2014 para a Presidência de um país mal estruturado

Podemos e devemos desafiar qualquer pai de família, gerente, empresário, prefeito, governador etc. a dirigir seus subordinados exatamente como pretenderiam que fossem. Se disserem que conseguem estarão mentindo. Exceções? Tudo é possível, até isso, quem sabe. Gostaríamos que nos dissessem de que maneira...
A Humanidade constata o ressurgimento de caudilhos, ditadores, sistemas teoricamente democráticos; democráticos à força de mídia ostensiva, polícias secretas, censura, terrorismo de Estado, religiões etc. Muitos desses lugares até facilitam a fuga de dissidentes na esperança que morram nas selvas ou mares, no mínimo que fiquem longe sem incomodar os chefes e seus lacaios.
No Brasil quiseram manter a lógica do Império, da República em seu nascimento, Estado Novo, Período Militar e do café com leite, do centralismo conveniente a elites extremamente poderosas (nacionais e estrangeiras). Nossa Constituição Federal (promulgada em 1988 e em constantes remendos), belíssima pela expressão das melhores intenções românticas, criou uma estrutura ingovernável e de fácil cooptação pelos piores grupos de poder.
Perdemos noção de causalidade e ela é intensivamente estimulada pela frase “o Governo paga”, fortalecida por candidatos à Presidência que, falando na primeira pessoa do singular, dizem “eu farei”, “eu pagarei”, “eu criarei”. O interessante é que os pagadores de impostos não reclamam. Quem produz e paga impostos, taxas, carimbos, licenças, multas etc. não tem sido capaz de organizar um movimento nacional de racionalização do estado, inviabilizando o Brasil pela omissão, leniência ou ignorância.
Na Europa vimos o debate intensivo da eficácia de estratégias de desenvolvimento e criação de empregos. A Comunidade Europeia gerou armadilhas que agora são quase intocáveis. Alemanha e França, principalmente, trocam chutes e ofensas diante de situações de responsabilidade solidária entre nações em torno da estabilidade econômica, social e política.
Aqui deveríamos estar com esses temas em evidência. Elegemos governadores, senadores e deputados federais, será que vão enfrentar as deficiências da União ou se resignarão a bajular a futura Presidência da República garimpando migalhas?
Cada região brasileira possui uma personalidade própria e riquezas e pobrezas diferentes. Como resolvê-las? Esmolas? Mantendo elites corruptas e assumindo responsabilidades que não temos?
Com certeza somos diferentes entre nós e os argumentos e visões diferentes merecem governos próprios.
E a União? O Governo Federal é importante no comando das Forças Armadas, na estratégia de política exterior, na defesa de acordos internacionais, principalmente em torno dos direitos humanos. Nem isso vemos acontecer. A campanha eleitoral se aproxima do final e nela muito pouco vimos e ouvimos em torno da inclusão das pessoas com deficiência, por exemplo.
Os vídeos e debates tiveram tradução para Libras? Legendas? Talvez não merecessem tradução, afinal é rotina pedir para que esqueçamos livros, discursos e programas partidários...
Cascaes
21.10.2014
P.S.: votar em quem?


Ilusionismo (ou Prestidigitação) é a arte performativa que tem como objetivo entreter o público dando a ilusão de que algo impossível ou sobrenatural ocorreu. Os praticantes desta atividade designam-se por ilusionistas ou mágicos.
Embora os ilusionistas aparentem desafiar as leis da física, na realidade os números por eles criados nada têm de sobrenatural, tratando-se de ilusões realizadas através de meios naturais.
Wikipédia





quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Eleições para que o Brasil não evolua?

Ânimo para votar?
O Brasil é um país presidencialista e com altíssima concentração de poder em Brasília, algo que veio na esteira pouco eficaz de se formar uma potência que nunca deslanchou exatamente por isso. Leis? Decretos? Normas e regulamentos? Em nossa diversidade cultural e imersos no gigantismo territorial aprendemos a contornar processos, e nisso tanto os da “esquerda” quanto os da “direita”, sem falar naqueles que sabem que os extremos desequilibram com possíveis resultados catastróficos, são especialistas.
É interessante ver e ouvir pessoas que deveriam ser mais sensatas e atentas se deixarem cooptar e engajar em processos absolutamente falsos, afinal a realidade é a melhor demonstração de qualquer teoria. Será que acreditam no que falam?
Nesses momentos de desilusão é bom ler bons livros, assim sentimos que o Brasil não é exceção, ao contrário, está na média da imaturidade universal, o que é extremamente perigoso.
A Ciência e a Tecnologia atingiram um nível altíssimo, muito além da capacidade de percepção de nossas lideranças. Talvez nossas bisnetas e bisnetos venham a assimilar melhor o que a Humanidade já descobriu. O desafio é deixar para eles um mundo razoavelmente seguro...
Somos brasileiros e vivemos no Brasil, assim estamos agora submetidos a um processo eleitoral que foi desmoralizado em junho de 2013, quando nossos jovens demonstraram o fracasso de nossos legisladores e governantes, desde o transporte coletivo urbano municipal até questões nacionais.
Não tivemos ajustes necessários e suficientes (seria impossível em prazo tão curto) e os governantes federais, “provavelmente” para atender interesses maiores (e privados) e na esperança de se manterem em seus postos de poder pouco fizeram para que o Brasil evoluísse. Antes de qualquer mudança é essencial para os poderosos terem convicção de que tudo será semelhante ao cenário que lhes deu as delícias da glória e palácios faustosos.
Temos uma monarquia burocratizada e criada na onda da “democracia”. Vemos políticos com sobrenomes que claramente mostram a mística de dinastias. O que precisamos saber é se essa gente de altas Cortes quer realmente trabalhar a favor de nosso país. Outros fazem qualquer negócio para ascenderem aos clubes de chefes.
Com certeza o maior pesadelo brasileiro é a ignorância, o atraso educacional. Sem boa uma formação humanística adequada nosso povo continuará a morrer pelo futebol, esquecendo seus filhos em ruas e desertos onde o que menos importa é o amor, o carinho, a capacidade de criar sentimentos de solidariedade. Nesses tempos neoliberais é pecado falar em amor ao próximo. Ao contrário, querem que sejamos feras competitivas, pois na ilusão de vencer todos aceitam a submissão a quadrilhas disputando o ganho ilimitado que a riqueza do mundo moderno viabilizou, sem muita atenção para a própria sobrevivência.
Maravilhosamente temos excelentes meios de aprendizado em História, Sociologia, Filosofia, Psicologia. Esse destaque é essencial, pois crenças antediluvianas ganham força, mais uma vez. Os períodos nazifascista e soviético já estão suficientemente longe para a percepção adequada do que significaram ditaduras totalitárias.
O que podemos dizer é que o Poder corrompe e esta ação deletéria pode ser exponencialmente pior quando temos países com as características do Brasil.
Vamos orar, rezar, torcer, meditar, estudar, trabalhar e ter esperanças de evolução. Os candidatos estão aí, talvez amargurados diante das restrições eleitorais.
Evoluímos muito, apesar de erros e falhas de caráter de nossos governantes. As facilidades de comunicação e de viagens devem estar criando uma nova mentalidade no Brasil. Vamos ver os efeitos disso tudo após as próximas eleições...

Cascaes
03.08.2014


segunda-feira, 11 de agosto de 2014

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Conceitos - definições do DECRETO Nº 8.243 de 2014, Política Nacional de Participação Social, monitoramento, avaliação

A reação do Governo Federal às vaias e manifestações? DECRETO Nº 8.243 de 2014, Política Nacional de Participação Social, monitoramento, avaliação,

Um Brasil confuso - DECRETO Nº 8.243 de 2014, Política Nacional de Participação Social, monitoramento, avaliação,

Objetivos e comentários iniciais sobre o DECRETO Nº 8.243 de 2014, Política Nacional de Participação Social, monitoramento, avaliação,

Mecanismos de Controle Social? DECRETO Nº 8.243 de 2014, Política Nacional de Participação Social, monitoramento, avaliação,

DECRETO Nº 8.243 de 2014, Política Nacional de Participação Social, monitoramento, avaliação,as diretrizes gerais do PNPS

DECRETO Nº 8.243 de 2014, Política Nacional de Participação Social, monitoramento, avaliação,

O esforço do Governo Federal de dirigir os movimentos sociais - DEC 8.243/2014 (DECRETO DO EXECUTIVO) 23/05/2014 - conclusão de uma análise rápida

sábado, 7 de junho de 2014

Somos idiotas?

O Brasil não é uma ilha
Governar, legislar, vigiar e punir com qualidade e respeito a todos, um povo de duzentos milhões de pessoas espalhadas por oito e meio milhões de quilômetros quadrados, significa um enorme senso de governabilidade e Justiça que não tem paralelo em qualquer lugar do mundo. Se considerarmos a história do Brasil, seus momentos bons e maus, a complicação cresce imensamente.
O Brasil foi “descoberto” em 1.500, bom verbo, este. 
No finalzinho do século 15 os europeus levantaram a coberta (aos olhos europeus) de continentes que denominaram a seu gosto e critério de Américas.
Aqui no sul existia um continente com milhões de habitantes e inúmeras nações, algumas ferozes e bem desenvolvidas; a violência desses povos mais organizados foi um maná para os invasores europeus, que assim tiveram o apoio de povos escravizados ou simplesmente assustados com as nações mais fortes, principalmente na América Central e oeste da América do Sul.
Continentes separados a milhões de anos formaram povos e espécies vivas diferentes. A mistura uniu doenças, genes e hábitos nem sempre sinérgicos. Algumas pragas reduziram a população pré-colombiana drasticamente.
Como era rotina e ainda o é em alguns lugares desse planeta longe de conter habitantes realmente evoluídos, as guerras, genocídios e processos de dominação física e intelectual foram aplicados nas três Américas.
Além do ouro, prata e as pedras preciosas que tanto excitaram a imaginação dos invasores, aqui se estabeleceram para colher troncos de árvores, algo que serviu de base para o desmatamento e abertura de espaços para a agricultura oportunista. A escravidão foi o resultado natural num período da história da Humanidade em que os poderosos desprezavam os seres humanos de “classes inferiores” e a África (exceto a região do Nilo) surgiu como fornecedora de carne humana.
Felizmente e principalmente a partir do século 18 os seres humanos começaram a se ver de forma diferente. Ideais de liberdade, igualdade e fraternidade iluminaram o mundo assim como a mobilização do que se denominou pequena burguesia contra as arbitrariedades de elites absolutamente alienadas.
No século 19, principalmente, revoluções mudaram povos e mapas. Teóricos políticos e de organização social inventaram teorias de organização política e institucional, algo que funcionou bem em países pequenos e já relativamente cultos. A evolução dos livros, a Maçonaria, os clubes patrióticos e até dissidências religiosas a partir dos excessos da Igreja Católica estimularam a criação de escolas e universidades (exceto no Brasil) e o conhecimento humano iniciou um processo de universalização, disparado pela invenção de Gutemberg[1] e a rebeldia de Martinho Lutero no século 16.
A lógica dos direitos divinos de elites (sangue azul) deu lugar aos Direitos do Homem que agora evoluem para os Direitos dos Seres Humanos.
Em pleno século 21, entretanto, ainda temos os iluminados, gente que falava com Deus e agora se coloca no lugar do Criador. A renovação do fundamentalismo religioso e ideológico assusta. O que é pior é a resistência de “ilhas” e até países continentais onde ditaduras se renovam, alguns liberando concessões a grupos mais competentes na arte de explorar o povo (exemplo mais do que evidente: a China).
Não podemos negar as boas intenções de alguns, mas queremos viver em gaiolas? Humildemente escravizados?
Tem gente que gosta.
Na América Central Cuba é o modelo de muitos que sonham com soluções milagrosas. Esquecem a história dessa ilha e as facilidades encontradas pelo seu maior ditador, liberando de tempos em tempos a fuga de dezenas a centenas de milhares de dissidentes para os EUA. A grande fazenda de seus líderes manteve na ilha as pessoas dóceis e dispostas à lavagem cerebral constante e radical.
O Brasil é um país que nunca aprendeu a ser realmente democrata. Aqui dinastias de políticos e famílias riquíssimas mandam e desmandam com estrema sutileza, criando um ambiente de passividade preocupante. A tendência, contudo, é a evolução inevitável, agora reforçada por processos de difusão de informações poderosíssimos (ufa!).
De qualquer jeito a centralização do poder em Brasília, fruto de uma Constituição Federal que teima em manter uma unicidade artificial, é extremamente preocupante. Do fracasso dessa estratégia ao retardamento de nosso desenvolvimento vamos perdendo tempo precioso.
A fábrica de leis, decretos, normas, carimbos, etc. custa muito caro ao Brasil, não funciona, atrapalha. Enquanto isso desprezamos nossas Forças Armadas, a única instituição realmente capaz de manter uma unidade desejável, necessária e apenas suficiente para que possamos enfrentar forças desintegradoras estrangeiras e nacionais assim como possíveis intervenções imperialistas.
O Brasil é um país que maravilhosamente apresenta culturas diferentes e não radicalizadas (querem radicalizar). Não somos uma simples ilha, mas um país de dimensões continentais. Estaríamos maiores e melhores economicamente, culturalmente, industrialmente etc. se os poderosos de plantão no Planalto Central aceitassem a dispersão de seus poderes. Para agravar tudo estimulamos a perversidade dos grupos de poder, inclusive partidos políticos que simplesmente querem usufruir as benesses dos palácios. A Polícia Federal só não mostra mais porque, ao que parece, é travada “politicamente”.
O Brasil não é uma ilha, mas poderíamos ser um grande arquipélago de prosperidade e respeito aos povos locais. Nossa divisão político-administrativa mereceria mais atenção e reformulação; acima de tudo carecemos de reformas a favor da eficácia, honestidade, de respeito aos brasileiros que começam a se mostrar impacientes com a “esperteza” de seus políticos.
O Brasil não é uma ilha, deveria ser visto, entretanto, como um conjunto de unidades quase independentes. Queremos viver junto a nossos governantes, em condições de cercar seus palácios, se necessário, e mostrar ao vivo e a cores nossas insatisfações. Mais ainda, é terrível ver o resultado do nosso trabalho ser exaurido em transferências para especuladores e banqueiros, assim como em projetos de valor questionável, isso sem falar na tremenda estrutura burocrática ineficaz e alienada. 
No Brasil perdemos sensibilidade para o que significa pagar impostos e suas finalidades e vivemos a fantasia de que: o “Governo” paga.
Será que, além de ineficazes, somos idiotas?

Cascaes
7.6.2014




[1] Johannes Gensfleisch zur Laden zum Gutenberg, ou simplesmente Johannes Gutenberg (Mogúnciaca. 1398 — 3 de fevereiro de 1468) foi um inventor e gráfico alemão. Sua invenção do tipo mecânico móvel para impressão começou a Revolução da Imprensa e é amplamente considerado o evento mais importante do período moderno. Teve um papel fundamental no desenvolvimento da RenascençaReforma e na Revolução Científica e lançou as bases materiais para a moderna economia baseada no conhecimento e adisseminação da aprendizagem em massa.
Gutenberg foi o primeiro no mundo a usar a impressão por tipos móveis, por volta de 1439, e o inventor global da prensa móvel. Entre suas muitas contribuições para a impressão estão: a invenção de um processo de produção em massa de tipo móvel, a utilização de tinta a base de óleo e ainda a utilização de uma prensa de madeira similar à prensa de parafuso agrícola do período. Sua invenção verdadeiramente memorável foi a combinação desses elementos em um sistema prático que permitiu a produção em massa de livros impressos e que era economicamente rentável para gráficas e leitores. O método de Gutenberg para fazer tipos é tradicionalmente considerado ter incluído uma liga de tipo de metal e um molde manual para a confecção do tipo.
O uso de tipos móveis foi um marcante aperfeiçoamento nos manuscritos, que era o método então existente de produção de livros na Europa, e na impressão em blocos de madeira, revolucionando o modo de fazer livros na Europa. A tecnologia de impressão de Gutenberg espalhou-se rapidamente por toda a Europa e mais tarde pelo mundo.
Sua obra maior, a Bíblia de Gutenberg (também conhecida como a Bíblia de 42 linhas), foi aclamada pela sua alta estética e qualidade técnica. Wikipédia

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Para salvar o povo brasileiro - é possível?

O pior parlamentarismo e a reestruturação do Brasil
O Brasil é um país organizado de forma a se viabilizar como um gigante: uma capital federal, receita fiscal ao sabor de grandes grupos econômicos e problemas sociais que viabilizam a escravidão discreta, a corrupção, a alienação e a geração de leis, decretos, ações administrativas, normas técnicas etc. ao gosto de quem tem facilidades, entre elas a que aproxima pessoas que mandam no Brasil, o privilégio de morar em duas ou três grandes cidades (Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e onde mais?).
A lógica da delegação política sem rigor técnico e conceitual, seriedade e honestidade é um pesadelo que levou o Brasil a uma tremenda anarquia estrutural.
Nos municípios, quantos administradores regionais, por exemplo, sabem, conhecem, tem caráter e disposição para serem bons gerentes de suas áreas de controle? Ou lá estão por decisão de algum partido secundário para criar facilidades para os amigos e hostilidades aos inimigos? O resultado é visível para quem tem um mínimo de preparo técnico. Calçadas, quando existem, intransitáveis (apesar da legislação existente); sinalização de trânsito sem muita atenção às pessoas fragilizadas; nomes de ruas que ninguém sabe explicar de onde vieram; pontos de ônibus abandonados (idosos e idosas, pessoas com deficiência, crianças e todos que segurança têm?); desrespeito proporcional à vontade dos donatários do bairro; seriam gente para acolher militantes e oportunistas típicos das trincheiras de campanha?
Os bairros são um espelho do Brasil e seus estados. O que importa é o apoio nas próximas eleições e a compensação a “companheiros e companheiras”. Os currais eleitorais são essenciais a certos tipos de liderança.
Competência técnica é palavrão.
Pior ainda, esse tipo de gente degrada os corpos técnicos dos municípios, dos estados e da União.
E o Governo Federal?
Precisamos mudar radicalmente. A Presidência da República, o eterno e assustador posto impossível, deve ser responsável pelo que for capaz. Suas atribuições devem ser restritas ao mínimo possível assim como os estados deveriam ser reunificados em torno de regiões com seu governador e assembleia (que economia...), verdadeiras áreas que exigem coerência técnica e social.
As cinco regiões deveriam ser subdivididas em municípios com um mínimo de densidade populacional e cultural, algo mui maior do que é hoje onde unidades artificiais ou incapazes de se manterem dependem de verbas externas para pagar até o porteiro da prefeitura. Nas cinco regiões deveríamos concentrar leis e atribuições fortes, amplas, deixando para os municípios o essencial. É impossível a unidades pequenas cuidar de tudo o que as atribuições de nossa Constituição Federal estabelece. Não têm condições de formar e manter equipes técnicas de boa qualidade. Cláusulas pétreas? Precisamos moer essa forma de estiolar[1] o país.
O sistema parlamentarista explícito deveria ser adotado em sua plenitude, ele é inevitável, saudável. É mais racional aceitá-lo do que viver com um modelo híbrido e confuso e que está desmoralizando o povo brasileiro. Presidencialismo? Chega de esperanças líderes salvadores da Pátria.
E as pessoas fragilizadas o que merecem ter?
Todos nós precisamos evoluir.
À medida que se desenvolver a visão do “custo e benefício” de qualquer solução talvez as pessoas idosas, por exemplo, saiam a campo para lutar pelas mudanças do que ajudaram a fazer. Afinal são corresponsáveis por esse Brasil podre e ineficaz.
Todos precisam entender que não é agradando os caciques que terão dinheiro para seu próprio desenvolvimento, exceto alguns que são retribuídos com honrarias, assessorias, viagem e seminários onde aparecem triunfalmente.
As crianças quando muito podem ser algo tão temível quanto os “rolezinhos” e os jovens, vestidos de preto, ganharam o status de vândalos nesse Brasil vandalizado, explorado, depredado por suas elites há muito tempo.
A estratégia de desmoralização da revolta popular está emplacando.
Criamos um Brasil imperial unindo comunidades distantes e alheias ao mundo real; esse mundo se consolidou, já possui alguma identidade. Agora é fundamental trabalhar para que seja operacional, funcional e eficaz. O modelo atual é para ser gerido por ditadores. Se queremos a democracia devemos crescer no sentido da percepção da causalidade, da importância de todos nós, unidos ou não.
Na administração distante, o legislador isolado na grande fazenda que é Brasília, as equipes técnicas isoladas e alienadas, tudo isso explica a ineficácia do Governo Federal. Logo, só para lembrar um fator de instabilidade, teremos mais estados em regiões pioneiras, a balança política vai ter novos pontos de equilíbrio, qual será o resultado disso?
Antes que tenhamos processos violentos de mudança é prudente pensar no Brasil que virá, temos tempo de ajustar nossas fantasias.
Cascaes
9.2.2014





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