segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Para salvar o povo brasileiro - é possível?

O pior parlamentarismo e a reestruturação do Brasil
O Brasil é um país organizado de forma a se viabilizar como um gigante: uma capital federal, receita fiscal ao sabor de grandes grupos econômicos e problemas sociais que viabilizam a escravidão discreta, a corrupção, a alienação e a geração de leis, decretos, ações administrativas, normas técnicas etc. ao gosto de quem tem facilidades, entre elas a que aproxima pessoas que mandam no Brasil, o privilégio de morar em duas ou três grandes cidades (Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e onde mais?).
A lógica da delegação política sem rigor técnico e conceitual, seriedade e honestidade é um pesadelo que levou o Brasil a uma tremenda anarquia estrutural.
Nos municípios, quantos administradores regionais, por exemplo, sabem, conhecem, tem caráter e disposição para serem bons gerentes de suas áreas de controle? Ou lá estão por decisão de algum partido secundário para criar facilidades para os amigos e hostilidades aos inimigos? O resultado é visível para quem tem um mínimo de preparo técnico. Calçadas, quando existem, intransitáveis (apesar da legislação existente); sinalização de trânsito sem muita atenção às pessoas fragilizadas; nomes de ruas que ninguém sabe explicar de onde vieram; pontos de ônibus abandonados (idosos e idosas, pessoas com deficiência, crianças e todos que segurança têm?); desrespeito proporcional à vontade dos donatários do bairro; seriam gente para acolher militantes e oportunistas típicos das trincheiras de campanha?
Os bairros são um espelho do Brasil e seus estados. O que importa é o apoio nas próximas eleições e a compensação a “companheiros e companheiras”. Os currais eleitorais são essenciais a certos tipos de liderança.
Competência técnica é palavrão.
Pior ainda, esse tipo de gente degrada os corpos técnicos dos municípios, dos estados e da União.
E o Governo Federal?
Precisamos mudar radicalmente. A Presidência da República, o eterno e assustador posto impossível, deve ser responsável pelo que for capaz. Suas atribuições devem ser restritas ao mínimo possível assim como os estados deveriam ser reunificados em torno de regiões com seu governador e assembleia (que economia...), verdadeiras áreas que exigem coerência técnica e social.
As cinco regiões deveriam ser subdivididas em municípios com um mínimo de densidade populacional e cultural, algo mui maior do que é hoje onde unidades artificiais ou incapazes de se manterem dependem de verbas externas para pagar até o porteiro da prefeitura. Nas cinco regiões deveríamos concentrar leis e atribuições fortes, amplas, deixando para os municípios o essencial. É impossível a unidades pequenas cuidar de tudo o que as atribuições de nossa Constituição Federal estabelece. Não têm condições de formar e manter equipes técnicas de boa qualidade. Cláusulas pétreas? Precisamos moer essa forma de estiolar[1] o país.
O sistema parlamentarista explícito deveria ser adotado em sua plenitude, ele é inevitável, saudável. É mais racional aceitá-lo do que viver com um modelo híbrido e confuso e que está desmoralizando o povo brasileiro. Presidencialismo? Chega de esperanças líderes salvadores da Pátria.
E as pessoas fragilizadas o que merecem ter?
Todos nós precisamos evoluir.
À medida que se desenvolver a visão do “custo e benefício” de qualquer solução talvez as pessoas idosas, por exemplo, saiam a campo para lutar pelas mudanças do que ajudaram a fazer. Afinal são corresponsáveis por esse Brasil podre e ineficaz.
Todos precisam entender que não é agradando os caciques que terão dinheiro para seu próprio desenvolvimento, exceto alguns que são retribuídos com honrarias, assessorias, viagem e seminários onde aparecem triunfalmente.
As crianças quando muito podem ser algo tão temível quanto os “rolezinhos” e os jovens, vestidos de preto, ganharam o status de vândalos nesse Brasil vandalizado, explorado, depredado por suas elites há muito tempo.
A estratégia de desmoralização da revolta popular está emplacando.
Criamos um Brasil imperial unindo comunidades distantes e alheias ao mundo real; esse mundo se consolidou, já possui alguma identidade. Agora é fundamental trabalhar para que seja operacional, funcional e eficaz. O modelo atual é para ser gerido por ditadores. Se queremos a democracia devemos crescer no sentido da percepção da causalidade, da importância de todos nós, unidos ou não.
Na administração distante, o legislador isolado na grande fazenda que é Brasília, as equipes técnicas isoladas e alienadas, tudo isso explica a ineficácia do Governo Federal. Logo, só para lembrar um fator de instabilidade, teremos mais estados em regiões pioneiras, a balança política vai ter novos pontos de equilíbrio, qual será o resultado disso?
Antes que tenhamos processos violentos de mudança é prudente pensar no Brasil que virá, temos tempo de ajustar nossas fantasias.
Cascaes
9.2.2014





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