segunda-feira, 31 de julho de 2017

Semana decisiva para o Brasil e os brasileiros



Em Brasília vota-se nesta semana a possibilidade de abertura de processo contra mais um Presidente da República, alguém que perdeu popularidade à medida que detalhes de seu comportamento vieram à público. A dúvida maior é o que será menos ruim, manter esse governo ou abrir espaço para outro0s dois na sequência do impeachment.
O desencanto com os membros do Congresso Nacional é imenso, quem substituirá o Presidente? Será alguém melhor? Os congressistas querem um bom Governo?
A estratégia que derrubou a Presidente Dilma Rousseff voltou-se contra o vice-presidente. Negociar com pessoas gananciosas, egocêntricas, com projetos pessoais de Poder a qualquer custo é algo extremamente perigoso. O político Michel Temer deve saber disso melhor do que ninguém, tanto assim que não mediu custos e esforços para ajustar seu ninho e garantir apoios importantes.  Corporações estratégicas ganharam “consolos” para esquecerem o Brasil e os brasileiros.
A história de “nossa” pátria é triste.
Pagamos muito caro com a interrupção dos muitos processos democráticos ou não  em que o Brasil passou a partir de 1822. Sim, 1822 pois lá os ideais democráticos começaram a ganhar força. Tempos de liberdade imberbe criaram bases para 1889 e daí para frente nossa “democracia” empoderou classes fortíssimas. A experiência se perdeu em discursos, quarteladas, golpes e no famoso “café com leite”; no Brasil de elites primitivas o resto incomodava e a experiência dos colonizadores foi sempre relativamente cautelosa, afinal aqui tínhamos milhões de afrodescendentes. Imaginem se o que aconteceu no Haiti e primeira democracia americana acontecessem aqui. A Revolução Francesa assustava ou empolgava e a Guerra Civil norte-americana preocupava.   No Brasil levantes militares, caudilhescos e a Guerra do Paraguai desorganizaram violentamente a Economia do País assim como as muitas crises econômicas lá e cá. Assunto não falta para gerar estudos, teses, debates e até partidos políticos. De qualquer modo o resto do mundo também vivenciou desgraças, algumas infinitamente piores. Talvez a tragédia criada por guerras mundiais na Europa e Ásia tenha ajudado aqueles povos a serem mais objetivos.
O Ser Humano está mais perto de Nietsche [1] do que de todos idealistas do mundo.
Podemos também acreditar que somos grandes demais. Governar um país com mais de duzentos milhões de habitantes espalhados por oito e meio milhões de quilômetros quadrados, tropical e subtropical, com mais de trinta mil quilômetros de fronteiras terrestres e marítimas, não é fácil...
Nesse calidoscópio que converge para Brasília temos um caldo cultural indigesto.
E agora?
A pergunta que não cala é se tirar o presidente de plantão será melhor ou pior do que oferecer às feras a escolha do próximo. Processos políticos têm prazo e julgamentos técnicos podem continuar acumulando sentenças que impedirão o réu, se condenado, ao rigor da lógica do crime e castigo. Talvez o maior castigo, se fosse possível, seria dizer ao Dr. Michel Temer: comporte-se ou perde o trono.
O povo brasileiro está sufocado, cansado, triste inclusive por uma mídia ostensiva de tudo o que os inquéritos mostraram e ainda vão poder fazê-lo (será?) criando furos de reportagem e oscilações muito convenientes ao apostadores na Bolsa de Valores. Afinal, quem está faturando com a crise?
Apenas um cenário está mais do que evidente, merecendo perguntas não respondidas.
Para que serve a Justiça Eleitoral?
O Poder Judiciário é eficaz?
Temos leis inúteis? Excesso de leis, regulamentos, decretos, normas, carimbos, burocracia etc.?
Algumas proibições e leis ajudam ou atrapalham?
Vamos continuar enchendo depósitos de gente sem dinheiro para pagar bancas de advogados?
Parece-nos que a legislação só existe para quem não é membro das muitas cortes formais e informais existentes no Brasil que empolga os seus nativos em tempos de campeonatos esportivos.
A responsabilidade dos brasileiros será medida nas próximas eleições. Sem querer ofender 0os bons políticos, eles existem, vamos votar neles?
Os eleitores vão usar a lógica de “não perder o voto”?
A bajulação fedorenta vai continuar?
E nesta semana, nas próximas, o que fazer?
Precisaremos da proteção de todos os santos e deuses para, quem sabe, termos representantes em número e qualidade suficiente para decisões respeitáveis e capazes de salvar nosso país de conflitos maiores e inúteis.
Cascaes
31.8.2017
[1]
F. Nietzsche, “Humano, demasiado Humano,” [Online]. Available: http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com.br/2012/01/humano-demasiado-humano.html.



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